Efeitos do tratamento com ácido rosmarínico em parâmetros bioquímicos e motores em modelo pré-clínico da Doença de Parkinson

Nome: SARAH MARTINS PRESTI DA SILVA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/03/2018
Orientador:

Nomeordem crescente Papel
RITA GOMES WANDERLEY PIRES Orientador
CRISTINA MARTINS E SILVA Co-orientador

Banca:

Nomeordem crescente Papel
VANESSA BEIJAMINI HARRES Examinador Externo
SUELY GOMES DE FIGUEIREDO Examinador Interno
RITA GOMES WANDERLEY PIRES Orientador
CRISTINA MARTINS E SILVA Coorientador

Resumo: A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum em todo mundo. Atualmente, a principal estratégia farmacológica no tratamento da DP alivia apenas os sintomas motores, porém não previne ou diminui a neurodegeneração. O Ácido Rosmarínico (AR) é um éster dos ácidos cafeico, e 3,4-dihidroxifenil lático, obtido de muitas espécies vegetais nativas da flora como a Salvia officinales L. (sálvia) e a Rosmarinus officinales (alecrim). Esse composto apresenta potencial medicinal vasto com amplo espectro de ação biológica, sendo as atividades antioxidantes e de sequestro de radicais livres fatores chaves nos resultados in vivo reportados para o AR. Entretanto, a literatura é escassa em trabalhos mostrando os efeitos do AR em animais saudáveis e animais tratados com MPTP para a geração das alterações semelhantes à DP. No presente estudo, os camundongos foram aleatoriamente separados em 4 grupos distintos: Grupo controle/salina (CN), Ácido Rosmarínico/ veículo (AR); MPTP (1-metil-4-fenil-tetrahidropiridina)/salina; MPTP e AR (MPTP +AR). O AR (ou veículo) foi administrado oralmente por via intragástrica uma vez ao dia durante 14 dias, uma hora antes do MPTP ou solução salina. Os grupos MPTP e MPTP+AR receberam administração intraperitoneal de MPTP na dose de 30 mg/kg uma vez ao dia durante 5 dias (no 4-8 dia do experimento). Nos parâmetros motores, um comportamento de hiperlocomoção foi observado em animais tratados somente com MPTP, tal efeito foi significativamente prevenido pelo tratamento com AR. No contexto bioquímico, mostramos que o tratamento com AR pode aumentar a neurotransmissão dopaminérgica e serotoninérgica em animais saudáveis, uma vez que houve aumento no conteúdo das monoaminas, porém não houve a normalização das disfunções dos neurotransmissores observados nos camundongos parkinsonianos. A análise das alterações do mRNA nos componentes do sistema dopaminérgico no estriado mostrou up-regulation da expressão da enzima catecol-O-metil-transferase (COM-T) no grupo MPTP+AR, enquanto a expressão normal desta enzima foi observado nos demais grupos. Nosso estudo evidencia um potencial neuroprotetor do AR, na prevenção da alteração locomotora induzida pelo tratamento com MPTP e demonstra um potencial de prevenção do ínicio da DP por elevar o conteúdo de dopamina e serotonina no estriado em animais saudáveis.

Palavras-chave: Doença de Parkinson, MPTP, Ácido Rosmarínico, neuroproteção.

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