Plastinação com silicone de baixa viscosidade: estratégia para uma menor retração tecidual

Nome: YURI FAVALESSA MONTEIRO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 15/12/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ATHELSON STEFANON BITTENCOURT Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ATHELSON STEFANON BITTENCOURT Orientador
CARLOS AUGUSTO DE CAMARGO SOUZA BAPTISTA Examinador Externo
KINGLSTON SOARES Examinador Externo
LUCAS CUNHA DIAS DE REZENDE Examinador Interno

Resumo: A plastinação é uma técnica anatômica de preservação de tecidos biológicos, cujo princípio é a substituição dos fluidos corporais por um polímero curável. Os principais polímeros utilizados na técnica são o epóxi, poliéster e silicone, sendo o silicone o mais utilizado mundialmente devido a sua versatilidade e maior gama de utilização. Os insumos normalmente são adquiridos via importação, sendo assim a aquisição de polímeros alternativos de aquisição nacional facilitaria a difusão da plastinação. Além disso, não há na literatura estudos que avaliem o uso de silicones de baixa viscosidade na plastinação, tendo como parâmetro a retração tecidual. Com isso, emerge a ideia de avaliar o silicone de comercialização nacional Polisil® Poliplast 1 (P1) e o silicone importado (referência) Biodur S10, averiguando suas propriedades químicas e reológicas e quanto o emprego na plastinação. Para a caracterização química e reológica foram utilizadas a espectrometria de massa, espectroscopia no infravermelho e o reometria. E para avaliar o emprego destes silicones na técnica, foi averiguada a retração tecidual de diferentes tecidos provocada na etapa de impregnação forçada. Os tecidos humanos utilizados foram o cardíaco, pulmonar, esplênico, renal, hepático, muscular e ósseo. Para isso, foi utilizado um cadáver humano masculino fatiado em cortes de 13-15 mm de espessura, tendo como parâmetro o antes e depois da plastinação com os diferentes silicones. Seguiu o protocolo padrão de plastinação das fatias: desidratação, impregnação forçada e cura. Metade dos cortes obtidos foram plastinados com o silicone P1 (grupo P1) e a outra metade com o S10 (grupo S10). Os resultados encontrados nos testes químicos e reológicos mostraram que a fórmula estrutural das moléculas dos silicones é idênticas, compatível com o polidimetilsiloxano (PDMS) e apresentou um forte indício de que o silicone P1 possui menor massa molar comparado ao S10, devido à sua menor viscosidade, maior presença de grupamentos silanóis e distribuição de m/z dos fragmentos obtidos no EM. Todos os tecidos e segmentos anatômicos analisados nesse estudo apresentaram menor ou igual retração quando comparado com o grupo controle (S10) plastinação com o silicone P1. A partir disso, conclui-se que o silicone de menor viscosidade promove uma menor retração tecidual, tornando-o uma alternativa viável ao de referência.

Palavras-Chave: plastinação; viscosidade; silicone; retração.

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