ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO NÃO FARMACOLÓGICA E DE TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DE DÉFICITS MOTORES E COGNITIVOS DA DOENÇA DE PARKINSON EM MODELO ANIMAL

Resumo: A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente no mundo. Embora a DP seja caracterizada por disfunções motoras, os pacientes também apresentam déficits cognitivos significativos durante o curso da doença. Os tratamentos disponíveis para a DP não impedem a progressão e nem tratam as deficiências cognitivas. Neste contexto, a busca por novas terapias é essencial, o ambiente enriquecido (AE) apresenta efeitos benéficos em diversas doenças neurodegenerativas como em processos cognitivos. Assim, o presente trabalho avaliou se uma exposição de 60 dias ao AE pode prevenir os possíveis prejuízos cognitivos espaciais e operacionais provocados pela neurotoxina parkinsoniana MPTP na dose de 25 mg / kg em camundongos. Para isto foram utilizados camundongos machos C57Bl / 6 com 21 dias de idade (CEUA 001/2011) os quais foram divididos em quatro grupos experimentais: Ambiente Padrão/ Salina (APS); Ambiente Padrão/ MPTP (APMP); Ambiente Enriquecido/ Salina (AES) e Ambiente Enriquecido/ MPTP (AEMP). Para a avaliação da memoria espacial de referência foi utilizado o labirinto aquático de Morris (MWM) enquanto para a avaliação da memória operacional utilizamos tanto o MWM como o Y-maze. Observamos que o MPTP não induziu déficits de aprendizagem, já que o desempenho dos grupos tratados com MPTP foi igual ao do grupo controle, ou seja, todos os animais percorreram distâncias semelhantes para achar a plataforma de escape [F (3,156) = 55,7; p <0,0001], o que sugere que todos aprenderam a tarefa. Entretanto os animais APMP não conseguiram lembrar a localização da plataforma no teste comprobatório (p> 0,9999), este comprometimento cognitivo foi prevenido pela exposição ao AE (p <0,0001) no grupo AEMP. Além disso, os animais expostos ao AE (AES) apresentaram melhor desempenho durante a aprendizagem [F (3,52) = 9,078; p <0,0001] exibindo o potencial do AE na melhora cognitiva. No entanto, MPTP e AE não tiveram efeito na memoria operacional tanto no MWM quanto no Y-maze todos os animais realizaram os testes igualmente (p> 0,05). Desde modo, podemos sugerir que o AE previne o déficit de memória espacial exibido por este modelo murino da DP e que o mesmo apresenta um efeito per se nesta tarefa.

Data de início: 01/02/2017
Prazo (meses): 60

Participantes:

Papelordem decrescente Nome
Aluno Doutorado TAMARA ANDREA ALARCON FERREIRA
Aluno Doutorado SARAH MARTINS PRESTI DA SILVA
Coordenador RITA GOMES WANDERLEY PIRES
Acesso à informação
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