Bases Moleculares Envolvidas na Neuroproteção Causada pela Exposição a um Ambiente Enriquecido em Modelo Animal de Isquemia Cerebral em Camundongos

Nome: LARA VEZULA GONÇALVES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 07/07/2017
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
CRISTINA MARTINS E SILVA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
BRENO VALENTIM NOGUEIRA Examinador Interno
CRISTINA MARTINS E SILVA Orientador
LÍVIA CARLA DE MELO RODRIGUES Suplente Externo
RITA GOMES WANDERLEY PIRES Coorientador
SUELY GOMES DE FIGUEIREDO Suplente Interno

Resumo: O acidente vascular encefálico (AVE) é considerado uma das principais causas de morbidade mundial. Essa condição patológica pode resultar em alterações motoras, cognitivas e sensoriais. Atualmente, não há tratamentos eficazes para o comprometimento cognitivo pós-AVE. Dentre os tratamentos disponíveis, o uso de terapias não farmacológicas vem se mostrando eficiente em prevenir e/ou tratar doenças do sistema nervoso central. Uma destas terapias envolve o ambiente enriquecido (AE), um conjunto de estímulos externos que auxilia na recuperação do tecido cerebral após um insulto. Adicionalmente, o AE também pode ser utilizado como um método de pré-condicionamento com o objetivo de induzir tolerância cerebral a um evento isquêmico. Animais pré-condicionados a um AE apresentaram tolerância quando submetidos à isquemia com consequente melhora na função motora e em processos mnemômicos, como aprendizagem e memória. Entretanto, os mecanismos moleculares envolvidos nessa tolerância ainda não estão totalmente esclarecidos. De todo exposto, torna-se relevante à identificação dos mecanismos de neuroproteção provocada pelo pré-condicionamento ao AE em modelo murino de AVE. No presente estudo, camundongos C57Bl/6 recém-desmamados foram mantidos por cinco semanas em AE ou ambiente padrão (AP), e posteriormente divididos nos grupos sham ambiente padrão (SS, n=30), sham ambiente enriquecido (ES, n=18), isquemia ambiente padrão (SI, n=39) e iquemia ambiente enriquecido (EI, n=21). Os animais do grupo isquemia foram submetidos à oclusão bilateral das artérias carótidas comum por 30 minutos. Paralelamente, os animais do grupo sham passaram por procedimento cirúrgico semelhante, porém, sem a oclusão das artérias. A área de infarto foi verificada pela coloração ao cloreto de 2,3,5-trifeniltetrazólio. Parâmetros cognitivos foram avaliados por meio dos testes de reconhecimento de objetos e labirinto em Y. A expressão relativa dos genes das subunidades de receptores glutamatérgicos do tipo NMDA (GluN1, GluN2A, GluN2B e GluN2C), dos receptores colinérgicos muscarínico M1 e ionotrópico alfa 7, marcadores inflamatórios GFAP e IL-1β, além de BDNF foram avaliadas no hipocampo. Adicionalmente, foram analisados os níveis teciduais do neurotransmissor glutamato na região acima mencionada. O paradigma de AE utilizado impediu o déficit de memória de curto prazo causado pela isquemia, reduzindo significativamente o volume do infarto. Nosso estudo sugere fortemente que a melhoria cognitiva induzida pelo AE pode ser promovida pela redução da expressão das citocina inflamatória IL1-β e aumento de GFAP em animais isquêmicos.
Palavras-chave: enriquecimento ambiental, isquemia cerebral, neuroproteção, aprendizagem e memória.

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