Efeitos de inibidores da DNA metiltransferase na modulação de comportamentos aversivos relacionados à ansiedade

Nome: MAYANA CARDOSO DE OLIVEIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 15/12/2017
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
VALQUÍRIA CAMIN DE BORTOLI Orientador
VANESSA BEIJAMINI HARRES Co-orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DANIELA AMORIM MELGAÇO GUIMARÃES DO BEM Examinador Interno
LÍVIA CARLA DE MELO RODRIGUES Examinador Externo
VALQUÍRIA CAMIN DE BORTOLI Orientador
VANESSA BEIJAMINI HARRES Coorientador

Resumo: Os transtornos de ansiedade como o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e o transtorno de pânico (TP) causam impactos significativos na vida dos pacientes por eles afetados. O tratamento farmacológico do TAG e do TP apresenta problemas de eficácia e segurança. Neste sentido, novos alvos farmacológicos têm sido estudados com o objetivo de desenvolver opções mais eficazes de tratamento. A patogênese dos transtornos de ansiedade é de natureza complexa e apresenta interação com fatores ambientais e biológicos, particularmente genéticos. Recentemente, foi mostrado que processos epigenéticos podem influenciar a regulação gênica e mediar a adaptação a fatores ambientais nos transtornos mentais, caracterizado por um fenótipo hereditário estável resultante de alterações no cromossomo sem alterações na sequência do DNA. As modificações epigenéticas incluem mudanças no DNA, como a metilação, que consiste na adição de um radical metil (CH3), catalisada por enzimas DNA metiltransferases (DNMTs). Assim, no presente estudo testou-se a hipótese de que o tratamento agudo sistêmico com inibidores da enzima DNA metiltransferase, 5-Aza D e RG 108 nas doses de 0,2 e 0,4 mg/kg, teria efeito do tipo ansiolítico e/ou panicolítico em animais submetidos ao modelo do labirinto em T elevado (LTE) e efeito do tipo ansiolítico no modelo de transição claro-escuro. Nossos resultados mostram que o 5-Aza D na menor dose testada, reduziu a latência da esquiva 1 (E1) no LTE, assim como aumentou o tempo de permanência (%) no compartimento claro e o número de transições no modelo de transição claro-escuro nas duas doses testadas comparadas ao grupo controle, sugerindo efeito do tipo ansiolítico dessa droga. O RG 108 não apresentou efeito estatisticamente significante no LTE, porém aumentou o tempo de permanência (%) no compartimento claro nas duas doses utilizadas e o número de transições entre os compartimentos claro e escuro na dose de 0,4 mg/kg no modelo de transição claro-escuro, sugerindo efeito do tipo ansiolítico dessa droga nesse modelo. Assim, os resultados do presente estudo sugerem uma possível ação terapêutica dos inibidores de DNA metiltransferase em transtornos de ansiedade.

Palavras-chave: metilação do DNA, ansiedade generalizada, pânico, labirinto em T elevado, teste de transição claro-escuro, inibidores da DNA metiltransferase.

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