A Deficiência de Testosterona Atenua os Efeitos do Remodelamento Cardíaco Após o Infarto Agudo do Miocárdio em Ratos
Nome: RAFAELA DE ARAUJO FERNANDES CORRÊA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/05/2018
Orientador:
Nome | Papel |
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ATHELSON STEFANON BITTENCOURT | Co-orientador |
AURÉLIA ARAÚJO FERNANDES | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ATHELSON STEFANON BITTENCOURT | Coorientador |
AURÉLIA ARAÚJO FERNANDES | Orientador |
MARCO CESAR CUNEGUNDES GUIMARÃES | Examinador Interno |
PRISCILA ROSSI DE BATISTA | Examinador Externo |
Resumo: Estudos mostram que a testosterona está relacionada com pior disfunção e remodelamento cardíacos após o infarto agudo do miocárdio (IM). Nesse contexto, foi avaliada a influência da deficiência de testosterona, obtida através de castração, no remodelamento cardíaco dois meses após o IM. Utilizou-se quatro grupos de ratos machos: 1) submetidos ao IM, 2) orquidectomizados (OQT), 3) OQT + IM e 4) sham. Foram realizadas análises ponderais, hemodinâmicas, avaliação da contratilidade dos músculos papilares do ventrículo esquerdo (VE), quantificação da porcentagem de colágeno intersticial e da área de secção transversal dos miócitos no VE, além de avaliação qualitativa da morfologia do leito coronário e análise quantitativa do índice de densidade vascular . Conforme esperado, verificou-se aumento da pressão diastólica final no VE, da porcentagem de colágeno intersticial e das razões peso do coração/peso corporal e peso do pulmão/peso corporal, nos animais dos grupos IM e OQT+IM em comparação aos grupos não castrados. A hipertrofia de miócitos foi menor no grupo OQT+IM do que do grupo IM. Na avaliação da contratilidade dos músculos papilares do VE, a força desenvolvida (g/g) e o tempo de ativação foram preservados no grupo OQT+IM e prejudicadas no grupo IM. Após estimulação beta-adrenérgica, a força de contração do grupo IM apresentou-se diminuída, a dF/dt+ e dF/dt- foram menores nos grupos IM e OQT+IM do que nos outros grupos e a cinética de ativação e relaxamento do grupo OQT+IM foi melhor que do grupo IM. Através da microscopia eletrônica de varredura, observou-se que os grupos IM e OQT+IM apresentaram aumento do índice de densidade vascular e caracterizaram-se por arranjos de vasos irregulares, com forma distorcida, alterações abruptas na direção dos vasos, bem como mudanças bruscas de diâmetro após bifurcações quando comparados ao Sham e OQT. Considerando que o grupo OQT+IM apresentou menor área de secção transversal e melhores parâmetros de contratilidade dos músculos papilares do VE, conclui-se que a deficiência de testosterona é capaz de amenizar o remodelamento cardíaco adverso resultando em melhor função cardíaca.
Palavras-chave: Remodelamento cardíaco. Infarto agudo do miocárdio. Deficiência de testosterona. Hipertrofia cardíaca. Contratilidade cardíaca.