O extrato etanólico da planta medicinal Combretum leprosum previne déficits cognitivos em um modelo murino de isquemia cerebral global

Nome: GLENDA GOMES FERREIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 03/05/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
CRISTINA MARTINS E SILVA Orientador
RITA GOMES WANDERLEY PIRES Co-orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CRISTINA MARTINS E SILVA Orientador
JULIANA BARBOSA COITINHO GONCALVES Examinador Interno
LÍVIA CARLA DE MELO RODRIGUES Examinador Externo
RITA GOMES WANDERLEY PIRES Coorientador

Resumo: O acidente vascular encefálico (AVE) está descrito entre as maiores causas de morte no mundo de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). O AVE é subdividido em isquêmico (AVEi) e hemorrágico (AVEh), sendo o primeiro mais prevalente. A interrupção de sangue em uma determinada região do cérebro no AVEi cria duas regiões distintas no tecido: o “núcleo isquêmico” e a “penumbra isquêmica”. As células do núcleo isquêmico morrem primariamente por necrose pela falta direta de suprimentos básicos para a sobrevivência celular, enquanto as células da região de penumbra morrem por apoptose, sendo essa região factível de intervenção. O principal tratamento farmacológico disponível hoje envolve o uso do medicamento Alteplase, um trombolítico cuja utilização é extremamente restrita. Nesse sentido, novas abordagens são necessárias a fim de ampliar o espectro terapêutico, além de reduzir os efeitos colaterais. E é nessa perspectiva que as plantas medicinais da flora brasileira são uma potente fonte para o desenvolvimento de novos medicamentos para o tratamento do AVEi. De todo o exposto acima, nosso trabalho avaliou o possível efeito do tratamento com o extrato etanólico da planta medicinal Combretum leprosum (EECL) em prevenir os danos celulares e cognitivos causados por AVEi em camundongos. Para isto, utilizamos camundongos machos da espécie Mus musculus e linhagem Swiss, 8-10 semanas (CEUA 53/2017 – UFES), os quais foram submetidos a um modelo de isquemia global/reperfusão (BCCAo) e tratados oralmente com EECL na dose de 100mg/kg. Os animais foram divididos em quatro grupos experimentais: sham veículo (salina+tween 20) (SV), sham extrato (salina+tween 20 + EECL) (SE), isquemia veiculo (IV) e isquemia extrato (IE). Após recuperação anestésica, os animais receberam duas doses de EECL ou veículo com intervalo de 3 horas entre as doses e esse regime foi repetido 24 horas depois. Posteriormente, a dose passou a ser única até o final dos experimentos. A quantificação da área de infarto demonstrou uma redução de 33% na área isquêmica. O tratamento também demonstrou uma diminuição significativa nos déficits cognitivos relacionados a memória espacial e de reconhecimento de objeto. A melhora encontrada no tratamento do AVEi está possivelmente relacionada ao aumento de células imunopositivas para o marcador neuronal NeuN no ensaio Imunofluorescência em animais do grupo IE, bem como a diminuição da expressão do marcador de astrócitos ativados GFAP nesse mesmo grupo. Dessa forma, nosso estudo traz evidências promissoras da utilização do EECL no tratamento do AVEi.

Palavras chaves: Extrato etanólico de Combretum leprosum, isquemia cerebral, aprendizagem e memória, neuroproteção.

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