Associação de enriquecimento ambiental e exercício físico é eficiente na reabilitação de sequelas motoras em modelo murino de acidente vascular encefálico isquêmico

Nome: DANIELLA CRISTINA DE ASSIS PINTO GOMES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/04/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
CRISTINA MARTINS E SILVA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
AURÉLIA ARAÚJO FERNANDES Examinador Interno
BRENO VALENTIM NOGUEIRA Coorientador
CRISTINA MARTINS E SILVA Orientador
LUCIENE BRUNO VIEIRA Examinador Externo

Resumo: O acidente vascular encefálico (AVE) é considerado a principal causa de incapacidade em adultos e a segunda maior causa de morte no mundo. O AVE pode ser hemorrágico (AVEh) e isquêmico (AVEi). O AVEi, mais prevalente, é causado por um trombo ou êmbolo, ou como consequência de uma parada cardíaca. Os comprometimentos motores e cognitivos recorrentes após AVEi podem ser minimizados ou recuperados com a adoção de tratamentos adequados de reabilitação como o exercício físico (EF) e o enriquecimento ambiental (EA). No entanto, de acordo com a literatura, o efeito de tais terapias na reabilitação, quando adotadas separadamente, são limitadas. Neste contexto, esta pesquisa investigou a associação entre a exposição de um ambiente enriquecido e o exercício físico na recuperação da função motora e cognitiva em camundongos submetidos a um evento isquêmico agudo. Camundongos machos C57Bl/6 (8 a 12 semanas de idade), foram submetidos a oclusão bilateral das artérias carótidas comuns (BCCAo) durante 35 minutos ou cirurgia fictícia (sham). Subsequentemente, os animais foram distribuídos em oito grupos, de acordo com as condições de habitação (ambiente padrão (AP) ou ambiente enriquecido (AE)) e se foram ou não submetidos a seções de exercício físico condicionado (EF): isquemia ou sham tratados com AE sem EF (AE/S), EF em ambiente padrão (AP/E), associação de AE e EF (AE/E), e ambiente padrão sem EF (AP/S). A reabilitação teve início 48h após a cirurgia e durou 30 dias. Os animais dos grupos AE foram alocados em caixas grandes (60cm × 50cm × 22cm) com 6 brinquedos alternados semanalmente, enquanto os outros foram colocados em caixas padrão para camundongos. O modelo de EF utilizado foi a natação, realizada 3 vezes por semana durante 4 semanas. A duração das seções foi gradualmente aumentada a cada semana, até um tempo máximo de 30 minutos. As análises estatísticas indicam que os animais submetidos ao BCCAo desenvolveram déficits motores. Além disso, os animais que foram submetidos à associação EA e EF obtiveram uma melhora da função motora, mas não foi possível concluir que houve melhora da função cognitiva. Desta forma, este estudo sugere que a associação entre EA e EF é mais eficaz para o tratamento das sequelas motoras dos animais submetidos ao BCCAo.

Palavras-chave: isquemia cerebral; exercício físico; ambiente enriquecido; reabilitação; cognição.

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