Inativação fotodinâmica de Staphylococcus aureus por ftalocianinas metálicas livres e encapsuladas em nanopartículas de PHB
Nome: JULYANA NOVAL DE SOUZA FERREIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/11/2021
Orientador:
Nome |
Papel |
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| ANDRÉ ROMERO DA SILVA | Orientador |
Banca:
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Papel |
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| ANDRÉ ROMERO DA SILVA | Orientador |
| HILDE HARB BUZZÁ | Examinador Externo |
| JAIRO PINTO DE OLIVEIRA | Examinador Interno |
Resumo: Um dos problemas globais que vem crescendo progressivamente nos últimos anos e provocando consequências críticas a saúde pública é a resistência antimicrobiana. A terapia fotodinâmica antimicrobiana propõe uma alternativa ao uso de antibióticos para tratamento de infecções localizadas. Esta técnica combina um fotossensibilizador, fonte de luz no comprimento de onda específico e moléculas de oxigênio, que juntos provocam a formação de espécies citotóxicas de oxigênio. Ftalocianinas são compostos que possuem grande potencial de aplicação como fotossensibilizadores, contudo possuem alta hidrofobicidade, necessitando de um sistema carreador para aprimorar seu desempenho como agente terapêutico. Este trabalho propôs investigar a eficiência de ftalocianinas de índio contendo o substituinte 7-oxo-3-(3,4,5-trimetoxifenil)cumarina em região não-periférica (3NInOAc) e periférica (4NInOAc), em inativar fotodinamicamente bactérias S. aureus sensíveis (MSSA) e resistentes (MRSA) a meticilina, considerando os compostos livres e encapsulados em nanopartículas de PHB. Para este fim, as nanopartículas poliméricas foram preparadas seguindo um planejamento fatorial 23 , sendo a atividade fotodinâmica dos fotossensibilizadores, também, avaliada pela fotooxidação de biomoléculas (Trp e BSA). Cálculos teóricos e docagem molecular foram realizados para explicar a eficiência de encapsulação dos fotossensibilizadores nas nanopartículas de PHB e a eficácia em fotoxidar biomoléculas. Os fotossensibilizadores encapsulados apresentaram maior eficiência fotodinâmica do que os livres na fotooxidação do Trp. No entanto, a encapsulação diminuiu a interação do fotossensibilizador com a BSA, reduzindo a fotooxidação da proteína. A ftalocianina 4NInOAc, livre e encapsulada, foi mais eficiente que a 3NInOAc em fotoxidar as biomoléculas e em inativar as bactérias, ainda que ambos os fotossensibilizadores tenham sido capazes de fotoxidar o Trp e a BSA, assim como de inativar MSSA e a MRSA. Destaca-se que as ftalocianinas livres apresentaram maior eficiência fotodinâmica do que as encapsuladas em reduzir a viabilidade das bactérias, sendo a maior inativação obtida com a 4NInOAc livre, cuja redução foi de 2,57 e 2,28 logs para a MSSA e a MRSA, respectivamente. Os resultados revelaram que ambos os compostos, livres e encapsuladas, apresentaram ação antimicrobiana moderada, reduzindo em média 2 logs (99%) das colônias de MSSA e MRSA.
Palavras-chave: terapia fotodinâmica antimicrobiana, inativação fotodinâmica, resistência antimicrobiana, ftalocianina de índio, polihidróxibutirato, nanopartícula.
