Efeito de Diferentes Tempos de Exposição a um Ambiente Enriquecido na Memória de Camundongos: uma Abordagem Comportamental e Molecular

Nome: BRUNA ZANETTI ROHOR
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 11/12/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
RITA GOMES WANDERLEY PIRES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA PAULA SANTANA DE VASCONCELLOS BITTENCOURT Examinador Interno
CRISTINA MARTINS E SILVA Coorientador
LÍVIA CARLA DE MELO RODRIGUES Examinador Externo
RITA GOMES WANDERLEY PIRES Orientador

Resumo: O ambiente é formado pelo conjunto de situações que rodeiam o indivíduo e possui influência sobre todos os organismos. Um ambiente estressor possui influências negativas sobre um indivíduo, mas um ambiente enriquecido (AE) possui influências positivas. Em animais, o AE é definido como uma combinação de estímulos complexos inanimados e sociais capazes de melhorar as funções motoras, cognitivas e sensoriais. O AE é composto por diferentes objetos, com diferentes formas, tamanhos, cores, texturas, entre outros. A novidade ambiental, atividade física voluntária e o convívio social também fazem parte do AE. O AE é capaz de promover melhora visual, sensorial, cognitiva e motora. Já foram observados efeitos induzidos pelo AE, como melhora cognitiva, aumento da plasticidade sináptica, neurogênese hipocampal em adultos, modulação da expressão gênica e alterações nos níveis de neurotransmissores e fatores neurotróficos. No entanto, vários paradigmas de AE são encontrados na literatura, e essa variedade de protocolos gera uma série de resultados controversos sobre os efeitos induzidos pelo AE. O tempo é um importante fator que influencia os efeitos que o AE é capaz de causar. Diante deste contexto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar as alterações cognitivas e moleculares observadas em camundongos expostos ao AE ou ao ambiente padrão (AP) por 30 ou 60 dias, a fim de verificar se o tempo de exposição afeta os parâmetros avaliados. Para isso foram realizados testes cognitivos de reconhecimento de objetos e social, de interação social, e ensaios moleculares de componentes pertencentes a sistemas neurotransmissores e fatores neurotróficos, que participam dos processos de cognição, na região do córtex cerebral, sendo eles os sistemas colinérgico, glutamatérgico e endocanabinóide, e os fatores neurotróficos BDNF e GDNF. O AE de 30 ou 60 dias não induziu efeitos nas memórias avaliadas, porém ambos os tempos de exposição aumentaram a interação social dos camundongos. O AE por 30 dias provocou o a diminuição da expressão gênica de α7, M1, mGluR5, e o aumento na expressão gênica da MAGL, no córtex total. O AE por 60 dias diminuiu a expressão gênica de M1 e de DAGL, mas aumentou a expressão gênica de CHAT e FAAH. Ambos os tempos de exposição aumentaram a expressão protéica de BDNF. Nesse contexto, o presente estudo demonstra que diferentes tempos de exposição ao AE podem induzir respostas variadas aos parâmetros cognitivos e moleculares avaliados. Estudos mais detalhados como o presente, são importantes na determinação de quais protocolos de enriquecimento ambiental são ideais para a prevenção e/ou tratamento de vários processos neurodegenerativos como doenças de Parkinson, Huntington, Alzheimer, abuso de drogas entre outros.

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Marechal Campos, 1468 - Bonfim, Vitória - ES | CEP 29047-105