Ressonância de Plasmons de Superfície Localizada (lspr) em Dispersões Coloidais de Ouro Para detecção de Ocratoxina a

Nome: RAYSSA HELENA ARRUDA PEREIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 14/03/2016
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARCO CESAR CUNEGUNDES GUIMARÃES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANDRÉ ROMERO DA SILVA Examinador Externo
DANIELA AMORIM MELGAÇO GUIMARÃES DO BEM Examinador Interno
MARCO CESAR CUNEGUNDES GUIMARÃES Orientador

Resumo: Ocratoxinas são metabólitos secretados pelas espécies de fungos conhecidos por Aspergillus e Peniccillium. Elas são os derivados fenilalanil de uma isocumarina substituída, sendo a ocratoxina A (OTA) a mais tóxica dentre os dois tipos de ocratoxina existentes, A e B. Sua semelhança com o aminoácido fenilalanina consiste na origem de sua toxicidade, a qual provoca um efeito inibitório em diversas enzimas cujo substrato é a fenilalanina. A regulamentação dos níveis toleráveis de ocratoxina nos alimentos para consumo humano e nas rações para consumo animal foi definida em alguns países. A União Européia, por exemplo, limitou os níveis máximos de ocratoxina em alguns alimentos, como o vinho (2ppb), o café (5ppb) e os cereais (5ppb). A fim de satisfazer esses limites de detecção, métodos analíticos mais simples, seguros e rápidos estão sendo desenvolvidos visando tornar acessível a utilização por pessoas não especializadas. Nesse contexto, a nanotecnologia tem muito a contribuir, especialmente, o ramo da nanotecnologia que utiliza as propriedades ópticas dos materiais. Os nanomateriais constituídos de metais nobres apresentam uma propriedade capaz de traduzir eventos de interação entre moléculas em um sinal mensurável, a Ressonância de Plasmons de Superfície Localizada (LSPR). Além disso, a possibilidade de somar seletividade à sensibilidade levou à conjugação entre nanopartículas e macromoléculas biológicas capazes de reconhecer antígenos específicos. No presente estudo, utilizaram-se nanopartículas de ouro (AuNP) sintetizadas com citrato trissódico para avaliar o potencial de detecção de OTA. As nanopartículas foram caracterizadas pelas técnicas de espectrofotometria no uv-visível, espectrometria no infravermelho (FT-MIR), espectroscopia Raman, potencial zeta e microscopia eletrônica de transmissão. Anticorpos Anti-Ocratoxina A foram adsorvidos às nanopartículas coloidais. Os ensaios de detecção ocorreram em meio aquoso e o limite de detecção alcançou 1.10-7 µg.ml-1 de OTA. Houve decréscimo da absorbância máxima com o acréscimo de OTA em concentrações crescentes com uma correlação de 0,98065. Concluiu-se que as AuNP permaneceram estabilizadas por carboxilatos após a adsorção dos anticorpos e estes permanecem ativos após a adsorção, sugerindo uma segunda esfera coordenação. O pH 9 se mostrou importante para a manutenção da atividade dos anticorpos.

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