Bases moleculares da melhora cognitiva provocada pela exposição a um ambiente enriquecido em camundongos
Resumo: O ambiente é formado pelo conjunto de situações que rodeiam o indivíduo e possui influência sobre todos os organismos. Um ambiente estressor possui influencias negativas sobre um indivíduo, mas um ambiente enriquecido (AE) possui influencias positivas. Em animais, o AE é definido como uma combinação de estímulos complexos inanimados e sociais capazes de melhorar as funções motoras, cognitivas e sensoriais. O AE é composto por diferentes objetos, com diferentes formas, tamanhos, cores, texturas, entre outros. A novidade ambiental, atividade física voluntária e o convívio social ambém fazem parte do AE. O AE é capaz de promover aumento visual, sensorial, cognitivo e motor. Já foram observadas alterações em regiões do cérebro responsáveis pela memória causadas pelo AE, como neurogênese no hipocampo, aumento dendrítico e aumento das espinhas dendríticas no hipocampo e córtex.. Já foi observado também, melhora cognitiva causada pelo AE em diferentes modelos de neurodegeneração. Diante das alterações que o AE é capaz de promover, ainda não se sabe ao certo quais são as bases moleculares responsáveis pela melhora cognitiva. O sistema endocanabinóide é um grande candidato a participar dessa melhora cognitiva, pois além de ser um sistema neuromodulador de outros sistemas neurotransmissores, como GABAérgico e glutamatérgico, está presente em diversas regiões do cérebro, incluindo córtex e hipocampo, regiões responsáveis pelas funções cognitivas. Portanto, este trabalho tem como objetivo identificar as bases moleculares envolvidas na melhora cognitiva provocada pelo AE em camundongos C57BL/6, observando a modulação do sistema glutamatérgico pelo sistema endocanabinóide. Para isso, serão realizados testes cognitivos, de reconhecimento de objetos e social e testes bioquímicos e moleculares nas regiões do córtex e hipocampo, como o objetivo de correlacionar as alterações comportamentais com os parâmetros bioquímicos e moleculares eventualmente observados Assim, espera-se preencher as lacunas ainda existentes na literatura acerca de como o AE leva a uma melhora cognitiva. Essas informações podem ser úteis no desenvolvimento de fármacos que mimetizem as alterações moleculares provocadas pelo AE, podendo assim, serem utilizadas no tratamento de doenças que levam ao comprometimento cognitivo.
Data de início: 01/02/2014
Prazo (meses): 24
Participantes:
Papel | Nome |
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Aluno Mestrado | BRUNA ZANETTI ROHOR |
Coordenador | RITA GOMES WANDERLEY PIRES |
Vice-Coordenador | CRISTINA MARTINS E SILVA |