INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL EFEITO NEUROPROTETOR DO ÁCIDO ROSMARINICO EM MODELO MURINO DA DOENÇA DE PARKINSON

Resumo: A doença de Parkinson (DP) representa uma das doenças neurodegenerativas mais comum da atualidade, e é caracterizada pela morte progressiva dos neurônios dopaminérgicos na substância negra pars compacta.Tal morte está relacionada com a presença de sintomas motores como bradicinesia, rigidez muscular, tremor em repouso e instabilidade postural. Atualmente, a principal abordagem terapêutica consiste em restabelecer os níveis de dopamina (DA) através do seu precurssor bioquímico, a 3,4 dihidroxifenilalanina (L-DOPA). Outras estratégias para aumentar a neurotransmissão dopaminérgica são utilizadas em associação a L-DOPA, como os agonistas dopaminérgicos, porém até o momento não existe no mercado um fármaco que tenha o papel de impedir a progressão da doença. Nesse contexto, torna-se cada vez mais necessário a descoberta e identificação de novos agentes com ação neuroprotetora, capazes de retardar a degeneração dos neurônios dopaminérgicos. O Ácido Rosmarínico é um éster dos ácidos cafeico, e 3,4-dihidroxifenillático, obtido de muitas espécies vegetais como a Salvia officinales L. (sálvia) e o Rosmarinus officinales (alecrim). Esse composto tem demonstrado em diversos estudos in vitro e in vivo, notáveis atividades farmacológicas e biológicas tais como antioxidante, antiinflamatória, antitumoral. Os efeitos neuroprotetores do AR tem sido estudado em modelos animais de doenças do sistema nervoso central como na DP e no mal de Alzheimer. Um trabalho recente utilizando a neurotoxina parkinsoniana 6-OHDA, mostrou que este composto é capaz de promover efeitos neuro reparadores na lesão induzida por 6-OHDA em modelo animal, por meio das suas atividades de sequestrar radicais livres, quelante de ferro, e efeitos anti-apoptóticos. O presente estudo visa trazer dados novos que podem beneficiar o panorama de saúde pública no combate a DP, pois há uma carência de publicações que correlacionem modelo animal MPTP com tratamento com AR isolado. Neste trabalho iremos investigar se o AR é capaz de prevenir as alterações locomotoras, bioquímicas e moleculares em um modelo murino, utilizando a neurotoxina 1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridina(MPTP) e camundongos C57Bl6. Os animais serão tratados com a droga parkinsoniana MPTP na dose de 30 mg/kg i.p por 5 dias, o AR será administrado intragástrica na dose de 20 mg/kg, os testes locomotores serão realizados 48 horas após a última administração do MPTP, em seguida realizaremos o perfil da expressão gênica quantitativa de genes relacionados ao sistema dopaminérgico, dosagens bioquímica da dopamina e seus metabólitos e imunorreatividade da tirosina hidroxilase ao seu anticorpo por meio de imunohistoquímica. A análise estatística será realizada empregando ANOVA de uma via seguida do post-hoc de Bonferroni, utilizando software Graph Prism 5.0.

Data de início: 23/05/2016
Prazo (meses): 84

Participantes:

Papelordem decrescente Nome
Coordenador RITA GOMES WANDERLEY PIRES
Vice-Coordenador CRISTINA MARTINS E SILVA
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